PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL “EXPERIMENTAL de VITÓRIA” (UFES)
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL “EXPERIMENTAL de VITÓRIA” (UFES)
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
Prefeito Municipal: Luiz Paulo Vellozo Lucas
Secretária de Educação: Lenise Loureiro Menezes
Diretora da EMEF “EV” (UFES) – 2003 a 2005: Maria Luzia Gracelli Luz
PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL “EXPERIMENTAL de VITÓRIA” (UFES)
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL “EXPERIMENTAL de VITÓRIA” (UFES)
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
2003 – 2005
Escola Municipal de Ensino Fundamental conveniada com a Universidade Federal do Espírito Santo.
1. Portaria de Criação Nº: 0291, de 02/09/1987 – Reitoria/UFES
2. Portaria de Reconhecimento Nº: 05/90, de 22/08/1990 – MEC/SNEB
3. Portaria de Municipalização Nº: 4.816, de 28/12/1998 – SEME/PMV
S U M Á R I O
I – JUSTIFICATIVA 04
II – APRESENTAÇÃO 04
III – HISTÓRICO 04
IV – OS OBJETIVOS DA ESCOLA 05
V – A COMUNIDADE ESCOLAR 05
1.O Aluno 05
2.As Famílias 05
3.O Corpo Docente, Técnico e Administrativo 05, 06
VI – ASPECTOS GERAIS DO FUNCIONAMENTO DA ESCOLA 06
1.Recursos Financeiros 06
2.Programação do Tempo Escolar 06
VII – PROPOSTA CURRICULAR 07
1.Fundamentação Sócio Filosófica 07
2.Pedagogia de Projetos – alunos como co-autores de sua aprendizagem 09
3.Componentes Curriculares 10
4.Processo de Avaliação Discente 11
5.Eventos Culturais 14
VIII – FORMAÇÃO EM SERVIÇO 14
IX – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 15
1.Avaliação da equipe da Escola 15
2.Avaliação da Escola segundo a percepção dos Pais 15
X – ATIVIDADES DE PESQUISA, ESTÁGIO E EXTENSÃO 15
XI – PRODUÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS 16
XII – PROJETOS EXTRA-CURRICULARES 16
XIII – ANEXOS 17, 18
XIV – BIBLIOGRAFIA
I – JUSTIFICATIVA
Nos últimos cinco anos esta Escola vem passando por mudanças diversas, tais como: término/interrupção de mandatos de Diretores, (municipalização), trocas constantes no quadro de professores, perda de referência/mudança de nome e dependência administrativa.
Esses fatos, entre outros, geraram descontinuidade na reorganização do seu Projeto Político Pedagógico para o período de 1999-2002; as atividades desenvolvidas naquele período foram registradas em Relatório Anual.
II – APRESENTAÇÃO
Esse documento objetiva expressar a concepção filosófico-polítco-pedagógica da EMEF “Experimental de Vitória” (UFES), visando subsidiar a operacionalização da práxis educativa, disponibilizando dados que permitem o conhecimento sobre o seu histórico, os objetivos, a proposta pedagógica, a clientela, os recursos humanos (corpo docente, técnico e administrativo), os recursos materiais e financeiros, a gestão colegiada, o calendário, a grade curricular e os projetos institucionais.
III – HISTÓRICO
A Escola foi implantada com o nome de Escola de 1º Grau da UFES, pela Portaria do Reitor Nº 0291 de 02/09/87, para funcionar dentro do Campus Universitário e atender aos estágios de Prática de Ensino dos diversos cursos de Licenciatura da UFES; integrada ao Sistema Federal de Ensino, foi reconhecida pelo Ministério da Educação e Cultura através da Portaria do MEC Nº 05/90 de 22/08/90.
Seu funcionamento teve início em fevereiro de 1988, com a capacitação dos profissionais do corpo docente – técnico – administrativo; seu primeiro ano letivo iniciou-se em 14 de março do mesmo ano, data em que anualmente comemora-se o aniversário da escola.
A Escola iniciou com turmas de Pré, 1ª e 2ª séries e foi ampliando uma série a cada ano, até a complementação de todo o ensino fundamental; assim, desde 1994 a Escola atende a turmas de Pré (6 anos) a 8ª série em 18 (dezoito) classes, sendo 9 (nove) turmas em cada turno: matutino e vespertino.
De 1988 a 1998 a escola funcionou como uma Unidade de Ensino Federal em convênio com o Município de Vitória; pela Portaria Nº 4.816 de 28/12/1998, da Secretaria Municipal de Educação a Escola foi municipalizada passando a ser denominada Escola Municipal de Ensino Fundamental “Experimental de Vitória” (UFES), passando a ser uma Unidade de Ensino Municipal, em convênio com a UFES.
ADMINISTRAÇÃO:
Para sua administração a Escola conta com um Diretor eleito pela Comunidade Escolar para um mandato de 3 (três) anos e um Conselho de Escola composto por representantes de todos os segmentos (professores, alunos, pais e funcionários) eleitos por seus pares para um mandato de 2 (dois) anos e um representante da UFES, indicado pelo Centro Pedagógico.
A manutenção da EMEF “EV” (UFES) é feita pela Prefeitura Municipal de Vitória, através de recursos orçamentários repassados à Caixa Escolar; recursos estes destinados à aquisição de gêneros alimentícios para a Merenda Escolar e ao investimento de capital e à manutenção da Unidade Escolar.
A UFES continua disponibilizando a área física e parte do mobiliário e equipamento, bem como as despesas com água e energia elétrica.
IV – OBJETIVOS DA ESCOLA
São objetivos gerais da Escola:
a)atender a comunidade do Município de Vitória, oferecendo Educação Infantil, em sua fase final (Pré – 6 anos) e Ensino Fundamental em suas oito séries.
b)possibilitar a realização de experiência e pesquisas no campo da Educação, contribuindo para a produção de novos conhecimentos na área educacional;
c)servir como pólo de disseminação e integração de experiências educacionais e de novos conhecimentos produzidos no Ensino Fundamental;
São objetivos específicos da Escola:
a)realizar atividades de ensino e aprendizagem na fase final da Educação Infantil e nas oito séries do Ensino Fundamental;
b)oportunizar aos alunos as condições necessárias ao seu desenvolvimento integral;
c)propiciar condições para a realização da Prática de Ensino das disciplinas que são objeto de habilitação profissional sob a forma de Estágio Supervisionado obrigatório, para os alunos matriculados nos diferentes cursos de Licenciatura da UFES.
V – A COMUNIDADE ESCOLAR
1. O Aluno:
Para se tornar aluno da EMEF “EV” (UFES) é necessário inscrever-se para o sorteio público de vagas feito anualmente, do qual participam os responsáveis pelos candidatos. Além das vagas são sorteadas ainda mais quinze números que compõem um lista de suplentes, com validade de um ano letivo, os quais são chamados, em ordem do sorteio, para matrícula quando ocorrer alguma vaga no período. Essa forma de acesso garante a transparência no processo e evita as intermináveis filas que costumam se formar na época de matrícula em escolas públicas.
A partir do ano de 2001 as vagas da Escola passaram a ser restritas à comunidade do Município de Vitória, de acordo com orientação recebida da SEME/PMV. Mesmo assim continuamos a receber alunos de diversos bairros, independentemente da distância existente entre sua casa e a Escola. Nossos alunos são procedentes de 51 (cinquenta e um) bairros de Vitória, e ainda: 31 (trinta e um) da Serra, 08 (oito) de Vila Velha e 05 (cinco) de Cariacica e 01 (um) de Viana (Anexo 1).
Essa diversidade de locais de residência, ainda que dificulte um traçado mais delineado do perfil da clientela, enriquece as relações entre os alunos.
Com relação à faixa etária para o Ensino Fundamental, os alunos não apresentam defasagem significativa e quanto ao sexo, há equilíbrio no número de alunos e de alunas matriculados (Anexo 2).
2. As Famílias:
Pela diversidade de locais de origem, as famílias de nossos alunos trazem uma heterogeneidade em relação aos aspectos sócio-econômico-culturais, além da composição, número de membros, bem como na organização familiar.
Para oportunizar a participação das famílias na Escola, existem várias instâncias: o Conselho de Escola, os Conselhos de Classe Participativos, as Reuniões de Pais, além dos encontros com os Pedagogos/Professores, que podem ser agendados tanto pela Escola quanto pela própria família.
3. O Corpo Docente, Técnico e Administrativo:
É composto por funcionários da PMV, lotados na Secretaria Municipal de Educação.
Os profissionais que atuam na Regência de Classe, no Serviço de Apoio Pedagógico e na Coordenação de Atividades Diárias têm formação mínima de 3º grau; os professores que atuam nas séries iniciais têm licenciatura em Pedagogia, bem como os profissionais do SAP e CAD; e os que atuam nas séries finais têm licenciatura nas áreas específicas.
Com nível de pós-graduação temos: Mestrado : 2 (dois) completos e 03 (três) em curso; Especialização: 20 (vinte) em diversas áreas de Educação; entre os profissionais que atuam em sala de aula, apenas 04 (quatro) somente com a graduação.
Os técnicos que atuam na Secretaria Escolar têm escolarização mínima de nível médio e formação específica para dar o suporte administrativo necessário à regularização da vida escolar dos alunos.
Os profissionais que atuam nos Serviços Gerais: limpeza – duas da PMV e três de firma terceirizada; preparo da merenda - três de firma terceirizada e na vigilância são quatro profissionais de firma terceirizada (Anexo 3)
VI – ASPECTOS GERAIS DO FUNCIONAMENTO DA ESCOLA
1.Recursos financeiros:
Os recursos financeiros para manutenção da EMEF “EV” (UFES) são repassados pela PMV, oriundos do Governo Federal, através do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, e oriundos da própria Prefeitura Municipal através da Secretaria Municipal de Educação, para serem geridos pelo Caixa Escolar; estes recursos destinam-se ao pagamento de despesas com aquisição de gêneros alimentícios para a merenda escolar e com a aquisição de equipamentos, mobiliário, material de consumo e outros serviços de manutenção e custeio.
2.Programação do tempo escolar:
O calendário letivo é definido pela SEME/PMV, prevendo no mínimo 200 dias letivos.
Na EMEF “EV” (UFES), o ano letivo é dividido em três trimestres, para efeito de registro da avaliação discente. Ao final de cada trimestre são realizados os Conselhos Participativos e de Classe e as Reuniões com Pais.
O funcionamento da Escola se dá das 07:00 às 18:00 horas em dois turnos, com o seguinte horário de aulas: Matutino – das 07:00 às 11:30 h
Recreio: das 9:30 às 9:50 h
Vespertino – das 13:00 às 17:30 h
Recreio: das 15:30 às 15:50 h
a) A distribuição da carga horária semanal difere de acordo com a série. De pré a 3ª série as atividades são desenvolvidas de forma integrada, sem haver distribuição de uma carga horária específica para cada componente curricular, a exceção de Educação Artística (2 aulas) e Educação Física (3 aulas). Na 4ª série, mesmo trabalhando com conteúdos integrados, há distribuição de carga horária semanal por componente curricular, para que o aluno se familiarize com o esquema de horários adotados a partir da 5ª série (Quadro I).
b) De 5ª a 8ª Série - A distribuição da carga horária semanal é organizada em Grade Curricular pela Escola, conforme a carga horária semanal de trabalho conferida pela SEME a cada profissional em Regência de Classe. (Quadros II ).
Quadro I - Grade Curricular (4ª Série)
Componente Curricular
Carga Horária Semanal
Ciências Naturais
03
Artes
02
Educação Física
03
Geografia/História
04
Língua Portuguesa
07
Matemática
06
TOTAL
25 h/a
Quadro II - Grade Curricular (5ªa 8ª Série)
Componente Curricular
5ª
6ª
7ª
8ª
Ciências Naturais
03
03
04
04
Artes
02
03
02
02
Educação Física
03
03
03
03
Geografia
03
03
04
04
História
03
04
03
03
Língua Inglesa
02
02
02
03
Língua Portuguesa
04
05
04
05
Matemática
05
04
05
04
TOTAL (h/a)
25
27
27
28
A Língua Inglesa é oferecida em turno contrário em turmas organizadas por nível de conhecimento.
VII – PROPOSTA CURRICULAR
1.Fundamentação Sócio-Filosófica
Concebemos a Educação como processo de formação que se realiza a partir das experiências vividas pelos sujeitos, em diferentes espaços educativos (escola, família, grupos de convivência) bem como na interação com o mundo e com outros sujeitos.
Por ser um espaço de (re) construção social a Escola tem uma dimensão que é estruturada socialmente, ao mesmo tempo em que é também estruturante desta mesma sociedade e vai se construindo historicamente nesta relação dialética.
Buscando respaldo para a construção de uma prática pedagógica que contribua para a formação global do educando, nos apoiamos em uma filosofia sócio-histórica; concebemos, o aluno como sujeito social e histórico que se constrói na interação com a vida social da qual é parte; sujeito possuidor de uma história de vida, pertencente a uma família e inserido em uma sociedade, em um determinado momento histórico.
Nessa perspectiva, aprendizagem e desenvolvimento ocorrem simultaneamente numa relação dialética. O indivíduo não se desenvolve para aprender, mas aprende e se desenvolve. Aprender não tem meramente o sentido de confirmar o desenvolvimento alcançado. Aprendizagem e desenvolvimento dialogam permanentemente. Ao aprender o que não sabia ou ao adquirir uma nova aprendizagem sobre o que já era conhecido, o desenvolvimento é impulsionado permitindo novas apreensões do real, novas aprendizagens.
Em geral, todos os alunos, em alguns momentos de sua vida escolar, podem apresentar necessidades educativas especiais e os educadores na maioria, conhecem diferentes estratégias para responder a elas; existem, porém necessidades educativas que requerem da Escola uma série de recursos mais especializados a fim de possibilitar ao aluno meios de acesso ao currículo. Cabe, portanto, à Escola o desenvolvimento de estudos na busca desses recursos para auxiliar e ampliar a capacidade de alunos com NEE – necessidades educativas especiais e de se comunicar, de se locomover e de participar de maneira, cada vez mais autônoma, das atividades de ensino – aprendizagem e consequentemente da vida social e produtiva, podendo exercer assim, a sua cidadania plena.
Destacamos alguns princípios sócio-filosóficos da nossa proposta pedagógica:
O aluno deve ser reconhecido como sujeito do processo ensino-aprendizagem e sua experiências valorizadas nesse processo.
A ação pedagógica requer um desenvolvimento que estimule o senso crítico e a participação do aluno na vida da Escola.
Os valores históricos e sociais deverão ser refletidos de forma crítica e participativa.
A Escola deve ser espaço pedagógico-cultural, em que o saber circule em via de mão dupla (aprender/ensinar).
Na Escola o conhecimento deve ser transmitido e/ou construído, levando-se em conta a realidade concreta dos alunos em seus aspectos sociais, econômicos, políticos, culturais e psicológicos.
A Educação é um ato político por natureza e como tal exige que a ação pedagógica desenvolvida leve em consideração os seus aspectos políticos e pedagógicos ou seja, seria ingenuidade pensar “soluções pedagógicas” descontextualizadas.
A Educação como toda ação humana é histórica. Ao educador cabe contribuir para a concretização dos caminhos pretendidos no processo de transformação e mudança da sociedade brasileira, possibilitando aos alunos a compreensão e o exercício consciente da história e da cidadania.
A avaliação deve ocorrer como processo global e dinâmico, em que toda a comunidade escolar esteja envolvida, na busca do aprimoramento da ação educativa.
A Escola deve se consolidar como espaço de troca de experência, diálogo, compromisso, responsabilidade e participação dos profissionais e aperfeiçoamento constante dos mesmos.
A Escola deve representar importante papel no sentido de:
a) contribuir para a necessária integração entre a Educação Básica e Ensino Superior;
b) promover a valorização do Ensino Básico, através da compreensão do seu fundamental papel para as conquistas da sociedade brasileira;
No momento em que a sociedade brasileira passa por um difícil processo de transição, abrem-se espaços que o educador precisa ocupar e/ou criar a partir de uma pedagogia transformadora e crítica.
A socialização do saber é um desafio ao qual pretende-se que a Escola responda, através de uma prática inovadora, crítica, competente e comprometida. A expectativa é que esta prática possa contribuir para o debate e para a busca de respostas adequadas ao problema de marginalização de grande número de crianças brasileiras, através da escolarização.
A Educação Escolar inclusiva não se limita ao aspecto didático-pedagógico; a inclusão escolar é também sócio afetiva. O educando precisa sentir-se acolhido e perceber/sentir que a diferença não se constitui em obstáculo e sim em estímulo para a formação da consciência de todos os envolvidos nesse processo sócio- educacional e afetivo.
2. Pedagogia de Projetos: alunos como co-autores de sua aprendizagem
Uma proposta pedagógica baseada nos princípios delineados anteriormente, requer uma ação metodológica que busque a integração das diversas áreas do conhecimento, através de um currículo que garanta a participação do aluno e a valorização de suas experiências e interesses na apropriação do saber universalmente sistematizado.
Toda prática pedagógica é pautada em uma determinada concepção de aluno, de desenvolvimento e de aprendizagem, considerando-se portanto, como ele aprende e para que aprende.
O ponto de partida do trabalho pedagógico é o conhecimento que o aluno já possui, que é tomado como referência. A partir daí, propiciam-se condições para a apropriação de novos conhecimentos. Nesta perspectiva, concebe-se o conhecimento como fruto de interação entre o sujeito, o meio físico e social.
Considerando-se os aspectos já destacados e visando a construção de uma prática pedagógica centrada na formação global dos alunos, elegemos como eixo central do trabalho desenvolvido a Pedagogia de Projetos.
Segundo Zaballa (1990) a Pedagogia de Projetos se coloca como uma das expressões de uma concepção globalizante de aprendizagem, permitindo aos alunos analisar os problemas, as situações e os acontecimentos dentro de um contexto e em sua globalidade, utilizando, para isso, os conhecimentos presentes nas disciplinas e sua experiência sócio-cultural. O desenvolvimento de projetos, com o objetivo de resolver questões relevantes para o grupo, vai gerar necessidade de aprendizagem e, nesse processo, os alunos irão se defrontar com os conteúdos das diversas disciplinas, entendidas como “instrumentos culturais” valiosos para a compreensão da realidade e intervenção em sua dinâmica.
A referida estratégia metodológica viabiliza: a definição conjunta de objetivos, o planejamento, a elaboração e a condução do trabalho e a interação permanente do grupo.
Para o desenvolvimento de um projeto, três momentos devem ser configurados: a problematização, o desenvolvimento e a síntese, entretanto é importante frisar que estes não são momentos estanques mas partes de um processo.
A problematização é o ponto de partida para desenvolvimento do projeto; nessa etapa, os alunos irão expressar suas idéias, crenças e conhecimentos sobre o problema em questão.
É na fase de problematização que o profissional identifica o que os alunos já sabem e o que ainda não sabem sobre o tema em foco, é a partir das questões levantadas nessa etapa que os alunos irão expressar suas idéias, o projeto é organizado pelo grupo.
O desenvolvimento é o momento onde se criam as estratégias para buscar as respostas às questões e hipóteses levantadas na problematização, é importante que os alunos se defrontem com situações que os obriguem a confrontar pontos de vista, rever suas hipóteses e colocar novas questões; que se criem propostas de trabalho que exigem a saída do espaço escolar, como visitas, excursões onde os alunos possam observar “in loco” e não apenas ler ou falar sobre; utilizar ainda leituras complementares como jornais, revistas, livros sobre o tema em foco, visando melhor conhecê-lo, bem como contato com pessoas de fora da escola tais como: trabalhadores de outras áreas, especialistas em determinados assunto, etc. Enfim, nesse processo os alunos utilizam o conhecimento que já têm sobre o tema e se defrontam com novos conflitos e inquietações que levarão ao desequilíbrio de suas hipóteses iniciais e à produção de novos conhecimentos.
Temos finalmente, o momento de síntese, onde as convicções iniciais vão sendo superadas e outras mais complexas vão sendo construídas. Novas aprendizagens passam a fazer parte dos esquemas de conhecimento dos alunos, servindo assim de referência para outras situações de aprendizagem.
A Pedagogia de Projetos permite a integração das diferentes áreas do conhecimento e de conteúdos diversos, o atendimento aos interesses dos alunos, tornando o ensino mais atrativo para os mesmos, através da vivência e experimentação em situações reais.
3. Componentes Curriculares
“A educação está intimamente ligada à política da cultura. O currículo nunca é apenas um conjunto neutro de conhecimento, que de algum modo aparece nos textos e nas salas de aula de uma nação, ele é sempre parte de uma tradição seletiva, resultado de alguém, da visão de algum grupo acerca do que seja conhecimento legítimo” (Michael W. Apple).
O conhecimento que é levado para os currículos escolares é produto de uma complexa política de distribuição do poder social.
A abordagem dos conteúdos, a serem propostos para os alunos, deve se fundamentar numa concepção progressista, buscando um enfoque crítico-social. Nessa visão, os conteúdos devem ser oferecidos como patrimônio cultural construído pela humanidade, através de procedimentos metodológicos eficientes que permitam criar um elo de ligação entre a prática social e os conteúdos, entre os conteúdos diversos e a aplicabilidade desses num contexto político-econômico e social atual.
Para se falar em conteúdos, faz-se necessário compreender a sua extensão e os princípios aos quais eles estão vinculados. Nessa perspectiva, conteúdos e conhecimentos são elementos que compõem o fio condutor necessário a qualquer prática educativa.
Entendemos que os conteúdos incorporam a idéia de totalidade, presente na prática de vida. Assim sendo, eles se apresentam em nossa percepção, compostos de conceitos, fatos, princípios, leis científicas, idéias, processo e regras, habilidades cognitivas, métodos de compreensão e de aplicação, modelos de atividades, hábitos de estudos, de trabalho e de consciência social; ou seja, conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais, os conteúdos se subdividem em: conceituais, procedimentais e atitudinais.
Não existe um padrão único, rígido e fixo para a organização dos conteúdos a serem trabalhados; em geral são desenvolvidos sob a forma de projetos de estudos, variando a sua apresentação dentro de cada tema, que pode ser em sequência, considerando-se pré-requisito ou a partir dos interesses dos alunos. Aqueles conteúdos que não se mostram possíveis de serem trabalhados interdisciplinarmente são estudados paralelamente e de forma mais específica.
4. Processo de Avaliação Discente
Em uma perspectiva tradicional de ensino, a avaliação é concebida como um instrumento com uma única finalidade: definição da aprovação do aluno. Se constitui num conjunto de técnicas e instrumentos que visam a obtenção de uma informação estanque do “conhecimento adquirido”. É desvinculada do processo de aprendizagem, por ter apenas o caráter de mensurar o que foi “aprendido”, ou seja, o desempenho do aluno e suas habilidades, resultando apenas em uma nota ou conceito. Desta forma, de todos os componentes do processos ensino – aprendizagem, o único avaliado é o aluno.
Pautados no pressuposto de que a avaliação deve ser utilizada como reflexão da prática pedagógica, para a tomada de decisões ao longo de todo processo educacional, se faz necessário que esta seja concebida como um processo interativo, por meio do qual todos os sujeitos envolvidos instrumentalizam-se para tornarem a aprendizagem mais eficaz, portanto, todos avaliam e todos são avaliados.
Se pretendemos propiciar uma educação transformadora, capaz de assegurar aos educandos e educadores o alcance à uma educação de qualidade, a avaliação deve ser uma atividade consciente, contínua e cumulativa.
Toda avaliação consistente deve dar conta de responder a algumas questões;
O que avaliar: o objetivo proposto pela atividade de ensino;
Para que avaliar: para verificar em que condições se deu a aprendizagem, se o resultado alcançado foi satisfatório, ou que ajustes são necessários ainda serem feitos;
Quando avaliar: de maneira contínua, considerando o processo de aprendizagem como um todo; quem avalia não é somente o professor, mas também os alunos, que, em função dos objetivos propostos, analisam seu desempenho e traçam metas futuras para própria aprendizagem.
O como e o que avaliar não podem estar separados, é importante que se tenha clareza do que vai ser avaliado para se desenvolver critérios de avaliação que sirvam como indicadores de aprendizagem. O próximo passo é escolher o critério de avaliação mais apropriado para possibilitar aos alunos demonstrarem as habilidades, o conhecimento ou a compreensão a serem avaliados. Os instrumentos de avaliação não são, nem precisam ser necessariamente, diferentes das atividades de aprendizagem, como também não precisam e nem devem ter uma única forma. Quando os alunos escrevem um relato de uma experiência feita ou de uma visita como parte da tarefa, este produto pode ser usado como avaliação; a composição de um mapa, a elaboração das perguntas para uma entrevista, a apresentação de peça teatral, todas as atividades podem servir como avaliação, desde que esteja claro para o professor e para o aluno o que está sendo trabalhado, e onde se quer chegar.
Tudo o que a avaliação deve buscar é prover informações sobre a compreensão dos alunos, conhecimento e progresso nas diversas áreas de aprendizagem e que estejam ligadas aos conteúdos conceituais, procedimentais a atitudinais definidos para cada área e para cada estágio do processo.
A avaliação deve indicar:
Os avanços de cada aluno e as possíveis áreas de desenvolvimento (formativa)
As áreas de dificuldades de aprendizagem (diagnóstica)
Os avanços gerais de forma sistematizada (somativa)
A compreensão de cada aluno dos conceitos trabalhados, através de sua própria produção (informativa)
Na perspectiva curricular proposta por Coll (1994), o projeto pedagógico deve ter três componentes de avaliação: inicial, formativa e somativa, estando plenamente integradas com o processo educativo, constituindo-se um instrumento de ação.
A avaliação inicial possibilita identificar quais são os conhecimentos que os alunos já possuem sobre determinado conteúdo, valores e atitudes a eles correspondentes, a fim de que o professor possa planejar sua intervenção de acordo com os conhecimentos prévios que os alunos trazem e podem também realizar uma função motivadora para novas aprendizagens.
Na medida em que ocorre o processo educativo o aluno evolui, suas necessidades variam e, em consequência o tipo de avaliação pedagógica deve ser ajustada paralelamente. Nesse sentido a avaliação formativa deve permear todo o processo objetivando a adequação da ação pedagógica.
Utiliza-se a avaliação somativa para comprovar, através dos resultados de aprendizagem, se foi ou não alcançado o nível exigido. Esse momento da avaliação deve instrumentalizar o professor e o aluno, sendo fonte de informação para o aluno sobre suas aprendizagens e indicações para o professor no que diz respeito ao patamar do processo educativo.
É imprescindível destacar que não são apenas os alunos que se desenvolvem e aprendem. Todos constróem conhecimentos e, nessa dinâmica surgem dúvidas e dificuldades, progridem e reestruturam suas formas de ação, buscando alcançar os objetivos traçados; portanto todos os sujeitos envolvidos com o processo educativo devem ser avaliados.
O ALUNO: seu desenvolvimento e seus conhecimentos.
O PROFESSOR: suas dificuldades e conquistas.
A ESCOLA: sua estrutura e seu funcionamento.
Os princípios básicos que norteiam esse processo dinâmico, e em função dos quais ele se desenvolve, são fornecidos pelas metas traçadas. Os alunos são sempre o centro primordial da avaliação, que é feita para aprimorar o trabalho realizado com eles.
4.1 Critérios para o Processo de Avaliação
O Sistema de Avaliação Qualitativa/Descritiva foi implantado em 1994, de modo gradativo nas quatro primeiras séries do Ensino Fundamental; a partir de 1998, amparada pelo Artigo 23 da Lei 9.394-LDB e pela Lei 4.794/98, que criou o sistema Municipal de Ensino de Vitória , esta sistemática de avaliação estendeu-se a todas as séries do Ensino Fundamental; extinguiu-se assim o registro por notas numéricas, passando-se a registrar a verificação de rendimento escolar à luz dos objetivos a serem alcançados, usando-se as seguintes nomenclaturas.
Aspectos Cognitivos
Aspectos Atitudinais
A = objetivo alcançado
S = sempre
AP = objetivo alcançado em parte;
AV = às vezes
NA = objetivo não alcançado
N = nunca
A partir de 1999 o registro da avaliação passou a ser Trimestral.
Recuperação Paralela
Durante o processo ensino-aprendizagem e/ou após o preenchimento das fichas descritivas, o professor desenvolve atividades pedagógicas diversificadas em sala de aula com o objetivo de atender aos alunos que demonstraram dificuldades na compreensão de determinados conceitos.
Os alunos de 5ª a 8ª dispõem, ainda, de 30 minutos diários ao final do turno, de atendimento suplementar pelos professores das diversas disciplinas, para esclarecimento de dúvidas e/ou nova explicação sobre conceitos que não tenha compreendido ou objetivos que ainda não tenha alcançado.
A proposta da Escola é que o aluno busque espontaneamente, também, esses espaços de aprendizagem que lhes são oferecidos, independentemente de ser encaminhado ou não pelo Serviço de Apoio Pedagógico ou pelo Professor.
NOA – Nova Oportunidade de Avaliação
O calendário escolar/2003 definido pela SEME/PMV, possibilitou dois períodos de NOA: um em julho e outro em dezembro, para os alunos que continuarem apresentando dificuldades na compreensão de determinados conceitos e no alcance de objetivos, sobre os quais são planejadas novas aulas e desenvolvidas atividades diversificadas e aplicados novos procedimentos de avaliação, ainda dentro do semestre/ano letivo.
NOA após o término do ano letivo:
Se o conselho de classe final assim decidir, aos alunos, que por ventura ainda continuarem sem ter alcançado os objetivos essenciais à sua aprovação, será dada mais uma Nova oportunidade de Avaliação: no período de férias ficará a cargo da família o acompanhamento de estudos e da realização das atividades propostas sobre os objetivos não alcançados e o aluno será submetido a novos procedimentos de avaliação no início do ano letivo seguinte.
Frequência
O controle da frequência, conforme disposto no artigo 24 da LDB, em seu Inciso VI, ficou a cargo de cada Unidade Escolar, exigindo-se o mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) do TOTAL DE HORAS LETIVAS para aprovação do aluno.
5. Eventos Culturais
Desde o início de seu funcionamento a Escola tem se preocupado permanentemente com a formação ética-moral e cultural dos alunos. Para isso tem propiciado diversos momentos coletivos nos quais são resgatados valores de cooperação, solidariedade, cidadania e respeito à diversidade cultural.
Com o objetivo de promover a socialização do conhecimento e a integração entre os alunos e demais profissionais da escola é realizado o Momento Coletivo que consiste em encontros periódicos por segmentos de alunos e turnos para momentos cívicos, apresentações sociais, artísticas e culturais.
Anualmente é realizada a Feira Cultural que tem por objetivo divulgar a produção cultural, artística e científica de alunos e professores e também oportunizar o estreitamento das relações entre família, escola e comunidade.
Além da exposição da produção dos alunos, também fazem parte desse evento, exposições de livrarias, entrevistas, palestras, projeção de filmes e oficinas diversas.
É realizada anualmente a Festa Junina ou Festival de Folclore cujos objetivos são: preservar tradições folclóricas e promover a integração entre escola, família e comunidade.
Nesses eventos acadêmico-culturais tem-se a oportunidade de tornar público toda a produção criativa dos alunos e da equipe da Escola, bem como de estreitar os laços com as famílias dos alunos.
Além dos momentos acima explicitados, é orientação permanente da escola a produção acadêmico-cultural dos alunos nos diferentes componentes curriculares.
VIII – FORMAÇÃO EM SERVIÇO
Toda a equipe que se dispõe a oferecer um ensino de qualidade para seus alunos tem que estar preocupada com a formação permanente de seus profissionais. Apesar das limitações que são impostas ao ensino público no que se refere à formação continuada de seus profissionais, esta Escola, ao longo de sua história, tem destinado atenção especial a esse tema. Nos últimos dois anos com o aumento da carga horária de aulas e a consequente redução do tempo de planejamento, os momentos de estudo foram reduzidos – hoje, profissionais se organizam conforme sua disponibilidade, e formam grupos de estudo na escola, fora do seu horário de trabalho.
Atualmente todos os profissionais da EMEF “EV” (UFES) participam das capacitações oferecidas pela SEME; os professores participam regularmente dos encontros de estudos sobre os PCNs, que são oferecidos dentro do horário de trabalho. Professores, Coordenadores e Pedagogos frequentaram e concluiram ou ainda frequentam o PROFA – Programa de Formação de Professor Alfabetizador, em horário extra, bem como os grupos de estudo específicos do PCN de Educação Ambiental.
Sempre que são oferecidos cursos, seminários, congressos pela UFES, SEME/PMV e/ou por outras Instituições de formação na área da Educação a Escola se organiza de modo a possibilitar a participação dos profissionais interessados.
IX – AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
1.Avaliação da equipe da Escola
Compõem a equipe da Escola todos os profissionais que direta ou indiretamente contribuem para o desenvolvimento das atividades escolares.
A avaliação da equipe da escola se dá no decorrer do ano em Reuniões Gerais, nos Conselhos de Classe Participativos realizados trimestralmente, dos quais participam os Professores, o Serviço de Apoio Pedagógico, os Alunos a Direção, a Coordenação de Atividades Diárias e os Pais. A avaliação de cada setor, inclusive da própria turma, pode ser feita oralmente e/ou com instrumento específico. Além dessas avaliações, anualmente é realizada uma outra avaliação institucional, onde todos os funcionários da Escola fazem uma auto-avaliação do seu desempenho profissional e dos diferentes setores. Nesse instrumento também são incluídas questões sobre o relacionamento interpessoal e sugestões para o aperfeiçoamento profissional. A análise dos dados é feita pelo serviço de Apoio Pedagógico, com o auxílio de estagiários e apresentada no ano seguinte a toda equipe, oferecendo assim, subsídios para o crescimento e aperfeiçoamento do projeto educativo da escola.
2.Avaliação da Escola segundo a percepção dos Pais
Os pais participam do processo avaliativo da Escola durante e ao final do ano letivo. Durante o ano os mesmos têm a oportunidade de avaliar a proposta pedagógica da Escola nos Conselhos Participativos nas Reuniões de Pais de pré a 8ª série. Nessas reuniões a Escola faz uma síntese dos projetos desenvolvidos e os pais avaliam como perceberam o envolvimento e desempenho dos filhos nos trabalhos propostos.
Ao final do ano letivo, no ato da rematrícula, os pais preenchem um instrumento de avaliação de todos os setores da Escola. O instrumento contém questões gerais para todas as turmas e questões específicas diferenciadas de pré a 4ª série e de 5ª a 8ª série, englobando a atuação dos professores, a integração escola x família, a metodologia usada, a adequação dos conteúdos, as atividades desenvolvidas, a atuação dos diversos setores, a participação dos pais nas atividades promovidas pela Escola/Conselho de Escola. A análise dos dados é feita sob a coordenação do Serviço de Apoio Pedagógico e os resultados são apresentados à equipe da Escola e na 1ª reunião de pais do ano seguinte: a discussão a partir desses dados deve oferecer subsídios futuros para o aperfeiçoamento constante da Escola.
X – ATIVIDADES DE PESQUISA, ESTÁGIO E EXTENSÃO
Além das atividades de ensino a EMEF “EV” (UFES), também serve de campo de estágio como atividade curricular na formação de professores, de pesquisa e de extensão.
Os professores de Prática de Ensino e Estágio Supervisionado dos Cursos de Licenciatura da UFES, entram em contato com a equipe pedagógica da Escola, responsável pelo segmento onde ocorrerá o estágio para elaborar o planejamento das atividades. Ao final do estágio, alunos, professores e equipe da escola farão uma avaliação dos trabalhos desenvolvidos.
XI – PRODUÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS
A Escola vinha publicando anualmente o Cadernos EPG/UFES que tem por finalidade registrar e socializar relatos de experiências e a produção científica de um modo geral dos profissionais da Escola e professores da Universidade, sendo aberta também a outros profissionais de Escolas Municipais de Vitória e periodicamente a escola publicava o “Jornal Entrelinhas” enfocando notícias de interesse da comunidade escolar e produções dos pais, professores e alunos. Porém, nos últimos quatro anos, devido às dificuldades já apontadas, estas publicações deixaram de acontecer.
Há um grupo de profissionais na Escola se organizando, junto ao Conselho da Escola, para retomar os trabalhos de publicação dos periódicos. Há proposta, inclusive do lançamento de uma edição especial do “Jornal Entrelinhas” pelos 15 anos da Escola.
XII – PROJETOS EXTRA-CURRICULARES
Além das atividades curriculares normais, dentro das áreas de estudos e disciplinas obrigatórias no ensino Fundamental, são desenvolvidos projetos extras; dentro do horário normal de aulas ou em horários extras, conforme o interesse dos alunos:
1.Inglês Alternativo por Nível – (obrigatório para os alunos de 5ª a 8ª série);
2.Parlare Bene – curso de italiano, em três anos, opcional, que atende , inclusive, alunos de outras Escolas Municipais;
3.Turismo Escolar, do qual foi produzido e editado em 2001 o guia Turístico do Município de Vitória;
4.Brincando, também se aprende – jogos matemáticos;
5.Ler e coçar, é só começar – (Literatura de 5ª a 8ª série);
6.Ler e criar, é só começar (aprimorando leitura e escrita de 1ª a 4ª série);
7.Recreio orientado;
8.CD ROM do Município de Vitória – continuidade do Projeto Turismo Escolar, com a produção do CD e a distribuição de 02 exemplares para cada Unidade Escolar do Município de Vitória;
9.Documentário sobre os pontos turísticos Vitória – a ser desenvolvido com as EMEFs;
10.Qualidade de Vida se aprende na Escola;
11.Música na Escola – musicalização, canto, coral, violão e flauta;
12.Escolinha de Esporte – treinamento desportivo, com visitas aos Jogos Escolares Municipais - JOEMVI e JEMVI.
ANEXO 1
NÚMERO DE ALUNOS POR BAIRRO / MUNICÍPIO DE VITÓRIA e Grande Vitória
BAIRRO/MUNICÍPIO
QUANT.
BAIRRO/MUNICÍPIO
QUANT.
BAIRRO/MUNICÍPIO
QUANT.
VITÓRIA
Andorinhas
Bairro da Penha
Bairro de Lourdes
Bairro de Nazaré
Bairro do Bonfim
Barro Vermelho
Bento Ferreira
Boa Vista
Centro
Consolação
Engenharia
Enseada do Suá
Estrelinha
Forte de São João
Fradinhos
Goiabeiras
Horto
Ilha das Caieiras
Ilha de Monte Belo
Ilha de Santa Maria
Ilha do Boi
Ilha do Príncipe
Inhanguetá
Itararé
Jabour
Jardim Camburi
Jardim da Penha
Jesus de Nazaré
Joana D’Arc
Jucutuquara
Maria Ortiz
Maruípe
Mata da Praia
Nova Palestina
Parque Moscoso
Praia de Sta Helena
Praia do Canto
Praia do Suá
Redenção
República
Resistência
Santa Cecília
Santa Marta
Santa Tereza
Santo Antõnio
Santos Dumont
São Pedro
336
12
07
01
01
07
04
01
01
07
03
02
01
02
05
03
13
01
03
04
04
02
01
01
18
24
44
37
01
15
05
09
10
10
01
01
01
12
03
01
13
02
03
06
02
09
03
04
Solon Borges
Tabuazeiro
Universitário
Vila Rubim
SERRA
André Carloni
Bairro de Fátima
Barcelona
Carapebus
Carapina
Cidade Continental
Cascatas
Eldorado
Feu Rosa
Jacaraípe
Jardim Carapina
Jardim Guanabara
Jardim Limoeiro
Jardim Tropical
José de Anchieta
Lagoa de Carapebus
Laranjeiras
Manguinhos
Manoel Plaza
Maringá
Nova Carapina
Novo Horizonte
Pitanga
Porto Canoa
Res. Centro da Serra
Santo André
São Diogo
São Domingos
São Lourenço
São Marcos
Valparaiso
VILA VELHA
Aribiri
Coqueiral de Itaparica
Ilha das Flores
Itapuã
Paul
Praia da Costa
03
08
02
02
110
10
05
08
01
08
06
03
06
01
07
05
02
02
08
01
01
05
01
01
02
01
04
03
01
02
01
03
03
01
05
03
16
01
04
01
01
01
06
Rio Marinho
Vale Encantado
CARIACICA
Alto Lage
Bela Aurora
Campo Verde
Itacibá
Vila Palestina
VIANA
Marcílio de Noronha
01
01
06
01
02
01
01
01
01
01
ANEXO 2
TABELA “1” - Nº DE ALUNOS POR SÉRIE E TURNO - MARÇO DE 2003
Série/turno
Matutino
Vespertino
Total
Pré
25
25
50
1ª
25
26
51
2ª
27
25
52
3ª
25
27
52
4ª
26
28
54
5ª
29
25
54
6ª
27
25
52
7ª
25
27
52
8ª
25
24
49
Total
234
232
466
TABELA “2” - Nº DE ALUNOS POR SÉRIE E IDADE - MARÇO DE 2003
Série
/Idade
6
anos
7
anos
8
anos
9
anos
10
anos
11
anos
12
anos
13
anos
14
anos
+ 14
anos
Total
Pré
26
24
50
1ª
30
21
51
2ª
31
19
02
52
3ª
29
22
01
52
4ª
27
23
03
01
54
5ª
25
25
03
01
54
6ª
01
29
19
03
52
7ª
01
30
20
01
52
8ª
04
23
22
49
Total
26
54
52
48
51
50
58
56
47
24
466
TABELA “3” - Nº DE ALUNOS POR TURNO/ SÉRIE E SEXO - MARÇO DE 2003
TURNOS: MATUTINO
VESPERTINO
TURMA
MASCULINO
FEMININO
TOTAL
MASCULINO
FEMININO
TOTAL
Pré
11
14
25
15
10
25
1ª
17
08
25
16
10
26
2ª
13
14
27
15
10
25
3ª
10
15
25
14
13
27
4ª
10
16
26
10
18
28
5ª
15
14
29
10
15
25
6ª
13
14
27
15
10
25
7ª
15
10
25
10
17
27
8ª
15
10
25
10
14
24
Total
119
115
234
115
117
232
Prefeitura de Vitória
Secretaria de Educação
Escola Municipal de Ensino Fundamental “Experimental de Vitória” (U F E S)
ANEXO 3
RELAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS DA EMEF “EXPERIMENTAL DE VITÓRIA” (UFES)
Nº
NOMES / REGENCIA DE CLASSE
FUNÇÃO
1.
ADRIANA APARECIDA NAPOLI
PROFESSOR B – PORTUGUÊS
2.
AGDA MARINA CAO
PROFESSOR B – PORTUGUÊS
3.
ANDRÉA SOUZA CARMO PIGNATON
PROFESSOR A - 4ª Série A
4.
ANGELA MARIA DE SOUZA
PROFESSOR B – ED.FÍSICA (Pré A 5ª)
5.
ANITA SUE WRIGHT TORRES
PROFESSOR B – ED. ARTÍSTICA (Pré a 4ª A e B)
6.
ELVIRA MARIA BREDA
PROFESSOR B – ED. FÍSICA (6ª a 8ª A e B)
7.
FABIANA MOURA GONÇALVES MORO
PROFESSOR B – HISTÓRIA
8.
GEANNA CEZANA ARAÚJO
PROFESSOR A – 3ª Série B
9.
JOSÉ ARLON DA SILVA
PROFESSOR B – MATEMÁTICA
10.
JUREMA TONINI DOS SANTOS
PROFESSOR B – GEOGRAFIA
11.
KARLENE DIAS DE FARIA ANNECCHINI
PROFESSOR A – PRÉ B
12.
LAURA MARIA BASSANI MURI
PROFESSOR A – 4ª Série B
13.
LAURENI APARECIDA NASCIMENTO
PROFESSOR B – Ciências
14.
LETÍCIA APARECIDA BARCELLOS ANTUNES
PROFESSOR B – HISTÓRIA
15.
LETÍCIA RANGEL ROSSI BRITTO
PROFESSOR A – 1ª Série A
16.
MARCELA DE PAULA SARMENTO PREZOTI
PROFESSOR B – ED. FÍSICA (Pré a 5ª B)
17.
MARCIA COUTO ZANANDRÉA
PROFESSOR B – ITALIANO
18.
MARCIA APARECIDA CORADINE
PROFESSOR B – MÚSICA
19.
MARIA CRISTINA OTTONI LIMA
PROFESSOR A – 2ª Série A
20.
MARISOL MATTOS PIMENTEL MAFRA
PROFESSOR A – 1ª Série B
21.
MARISA XAVIER ANDRADE
PROFESSOR B – INGLÊS
22.
MISMA SUHETT NOGUEIRA
PROFESSOR B – MATEMÁTICA
23.
MÔNICA DOS SANTOS ZACHER SHIBATA
PROFESSOR A – PRÉ A
24.
REGINALDO CÉLIO SOBRINHO
PROFESSOR A – 2ª Série B
25.
VANIA TEREZINHA ROCHA FERRARI
PROFESSOR B – ED. ARTÍSTICA
26.
VINICIUS RICCIARDI DA CUNHA
PROFESSOR B – GEOGRAFIA
27.
VIVIAN MARIA R. FERRARI BREMEMKAMP
PROFESSOR A – 3ª Série A
28.
WANDA MARIA MALIAS MENDES
PROFESSOR B – CIÊNCIAS
Nº
NOMES / TECNICO PEDAGÓGICO
FUNÇÃO
1.
ANA RITA RONCHI REGIANI
MAPP – SAP
2.
MARGARETH PEREIRA QUARTO
MAPP – COORDENAÇÃO
3.
MARIA CLEMENCIA ROMÂNIA DE VASCONCELLOS
MAPP – SAP
4.
MARIA DAS GRAÇAS SILVA FRADE
MAPP – SAP
5.
MARIA DO CARMO MELLO SANTOS
MAPP – SAP
6.
MARIA LUZIA GRACELLI LUZ
MAPP – DIREÇÃO
7.
NELITA DA PENHA FIORIN VASCONCELLOS
MAPP – COORDENAÇÃO
Nº
NOME / ADMINISTRATIVO
FUNÇÃO
1.
CONCEIÇÃO INÊS RIBEIRO
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
2.
DÉBORA DO CARMO
ESTAGIÁRIO – BIBLIOTECA
3.
DÉBORA MALTA DE OLIVEIRA
ESTAGIÁRIO – BIBLIOTECA
4.
ELIANA MARIA LAMIM SODRÉ
AUXILIAR ADMINISTRATIVO
5.
Igor PEREIRA BETTERO
ESTAGIÁRIO – LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA
6.
Igor PEREZ NUNES
ESTAGIÁRIO – LABÓRIO DE INFORMÁTICA
7.
JOVENILA DA SILVA LUCAS
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS- LMD
8.
KATIA GRECCO
SECRETÁRIO ESCOLAR
Nº
NOME / LIMPEZA
FUNÇÃO
1
eva RODRIGUES DA SILVA
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS - SERVES
2..
MARIA FERRI DOS SANTOS
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS - PMV
3.
MARILETE MARIA ESPERANDIO
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS - SERVES
4.
NILZA MARIA BARBOZA DE JESUS
AUXILIAR SERVIÇOS GERAIS - PMV
5.
ZULMIRA ANA PINTO
AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS - SERVES
Nº
NOME / MERENDA ESCOLAR
FUNÇÃO
1.
LYRIA MARCIA PEREIRA DA SILVA
AUXILIAR DE COZINHA - SERVES
2.
RONILDA SOARES
AUXILIAR DE COZINHA - SERVES
3.
NILCÉA ANTONIO DOS SANTOS
AUXILIAR DE COZINHA - SERVES
Nº
NOME / SEGURANÇA
FUNÇÃO
1.
ERONILDO NEVES PEREIRA
VIGILANTE (DIURNO) – CJF
2.
COSME ASSIS DO NASCIMENTO
VIGILANTE (NOTURNO) – CJF
3.
Ana Paula FLOR DE SOUZA
VIGILANTE (DIURNO) – CJF
4.
MARIO CESAR NOGUEIRA ROSA
VIGILANTE (NOTURNO) – CJF
ARTES NO ENSINO FUNDAMENTAL
A Arte-Educação não significa apenas a inclusão da arte nos currículos escolares, tem a ver com todo o processo educacional no que diz respeito a sentimentos e reflexões do educando como pessoa construtora da vida plena dos direitos, convicções e atributos legais enquanto ser social, sensível, crítico e criador.
A proposta curricular de Arte-Educação da EMEF “EV” (UFES), tem como objetivo contribuir na formação do “ser” sensível, questionador, propositor, renovador e criativo.
O ensino de Artes possui caráter social significativo, tendo em vista que o aluno, ao chegar à escola, traz consigo uma bagagem de experiências significativas que a escola não pode ignorar, devendo explorar, ampliar e transformar, possibilitando-lhe o crescimento artístico-cultural.
O objetivo da Arte-Educação é desenvolver uma proposta democrática, oportunizando aos alunos de várias camadas sociais e participação em diversas expressões artísticas.
A Arte-Educação desenvolvida nesta Escola baseia-se na abordagem Triangular, defendida por Ana Mae Barbosa, cuja metodologia consiste em integrar a História da Arte, ao fazer artístico e à leitura da Obra de Arte (apreciação ou análise), e está organizada de modo a vir ao encontro do interesse, da necessidade, e do desenvolvimento do educando.
A abordagem Triangular propicia a junção da Pedagogia Centrada na Criança com a Pedagogia Centrada no conteúdo, considerando a arte como expressão individual, coletiva e cultural. Saber ler uma imagem é fundamental para o artista, o historiador, o comunicador e para o homem em geral. comparando os contrastes existentes entre as artes e os diversos grupos humanos veremos como eles expressam suas idéias e valores através de formas artísticas diversas. O nosso dia-a-dia tem sido, cada vez mais, dominado pelas imagens: são murais, painéis, out-doors”, cartazes, propagandas, TV, etc. É preciso por isso, preparar as crianças (não só as crianças, mas as pessoas de um modo geral) para a decodificação das artes visuais e/ou plásticas, pois através das obras de artes elas aprenderão a fazer a associação e o julgamento do que está sendo visto aqui e agora em relação ao passado, tornando-se assim participantes do processo artístico e cultural.
Ainda sob o aspecto metodológico é preciso que se faça a integração das diferentes expressões artísticas: artes plásticas, música, teatro, danças. O que se pretende com essa integração é que o professor tome como eixo de seu trabalho a linguagem que mais domine e estabeleça interações com as demais linguagens, oportunizando aos alunos um trabalho rico e diversificado. Pois acreditamos que o ensino de Arte na Educação escolar tem um papel relevante a desempenhar no processo ensino-aprendizagem, agindo como um dos elementos dinamizadores e globalizadores da ação educativa.
OBJETIVOS DE PRÉ A 8ª SÉRIE
OBJETIVO GERAL
Dimensionar que o real papel da Arte na educação, como parte fundamental no processo de formação do homem pelo conteúdos cognitivos, afetivos e pesceptivos com que trabalha; e não como uma simples atividade ou complemento para outras disciplinas.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Expressar, por meio das atividades artísticas, as vivências emocionais;
Conhecer e analisar a história da arte;
Conhecer e analisar os diferentes tipos de expressão artística;
Desenvolver a habilidade de descobrir e apreciar os valores estéticos;
Ampliar a confiança do seu discernimento ao experimentar, criar, julgar e avaliar;
Reconhecer a arte como bem cultural e histórico de expressão, criação e sentimentos;
Desenvolver a capacidade de observação e síntese;
Interagir com diferentes materiais e meios (computador, vídeo, cinema, fotogrfia);
Valorizar a diversidade estética e artística.
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
A Educação Física tem uma função social a cumprir no espaço escolar. Para entendermos o significado da importância do corpo em movimento, como objeto de estudo da Educação Física, é necessário que explicitemos esse movimento humano sob a ótica histórico – social, nos movimentamos de acordo com a consciência corporal que temos e esta nossa movimentação é cultural e histórica.
Buscando uma melhor interpretação que contemple a complexidade da questão, a proposta dos PCNs adotou a distinção entre organismo – um sistema estritamente fisiológico e corpo que se estabelece dentro de um contexto sócio - cultural, e aborda os conteúdos de Educação Física como expressão de produções culturais.
No presente momento entende-se que o trabalho na área tem seus fundamentos nas concepções do corpo e movimento, considerando as possibilidades de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais como: jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com finalidades de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções.
Independente de qual seja o conteúdo escolhido, os processos de ensino - aprendizagem devem considerar as características do aluno em todas as suas dimensões: cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética de relação interpessoal e inserção social.
OBJETIVOS GERAIS
Desenvolver sua capacidade afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e de inserção social na construção do conhecimento e no exercício da cidadania.
Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos de qualidade de vida, interagindo em relação a sua saúde e a saúde coletiva.
Construir o conhecimento corporal utilizando das mais diferentes linguagens no processo de criação, significação e resiginificação dos movimentos.
Solucionar problemas de ordem corporal em diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível compatível com as possibilidades, considerando que o aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais decorrem da perseverança e regularidade e que devem ocorrer de modo saudável e equilibrado.
Repudiar qualquer espécie de violência, adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade nas práticas da cultura de movimentos.
Participar de atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais.
CIENCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL
A proposta de Ciências Naturais, objetiva criar condições para que o aluno se torne um cidadão consciente das influências que os conhecimentos científicos e suas aplicações tecnológicas exercem sobre a sociedade e sobre o meio ambiente.
É indiscutível a interferência e a própria inserção do conhecimento científico e tecnológico em nosso dia-a-dia, daí a necessidade de se levar o educando a investigar e criticar seu próprio cotidiano.
O ensino de Ciências, deve priorizar objetivos que busquem trabalhar os conteúdos de forma interativa e globalizada, onde os conhecimentos científicos (Física, Química, Geologia, Biologia e Astronomia) possam ser desenvolvidos de forma interdisciplinar. Dessa forma, a aprendizagem de Ciências, terá a dimensão do saber científico, o significado social, necessário a luta por melhores condições de vida e transformação da sociedade.
É necessário que o aluno perceba que existe uma interação entre as Ciências (Biologia, Física, Química, Geologia e Astronomia) e a Natureza, através do contato com o ambiente. A partir de critérios e objetivos bem definidos, o aluno chegará, com a prática, a construção do conhecimento científico, podendo aplicá-lo em seu cotidiano.
Para tornar mais motivado o ensino de Ciências, as aulas devem ser preparadas com materiais de fácil aquisição, sucateados ou adaptados de acordo com as atividades a serem desenvolvidas.
Por decisão tomada em reuniões da Área de Ciências (discussão de livros didáticos), um autor foi escolhido para servir como livro texto sem estar vinculado a seriação, porém o conteúdo programático não sofreu descontinuidade e não se desprezou a pesquisa em outras fontes didáticas e para-didáticas.
OBJETIVOS GERAIS
Analisar criticamente o papel da Ciência e da Tecnologia, na real melhoria das condições de vida da população.
Desenvolver a capacidade de observação, comparação, descrição, análise e classificação de fenômenos relacionados a vida e a natureza.
Compreender as transformações resultantes da ação integrada dos fatores físicos, químicos, biológicos, geológicos, tecnológicos, sociais, econômicos e culturais.
Reconhecer a existência do homem, enquanto ser vivo e, compreender que existem outros seres vivos e não vivos, no ambiente que o cerca.
Observar, investigar e analisar as necessidades básicas do homem: alimentação, moradia, vestuário, lazer, trabalho, educação.
A GEOGRAFIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
A Ciência Geográfica sofreu, neste século, rápidas e profundas transformações, tanto em nível teórico como metodológico.
Durante muito tempo a Geografia era vista como uma disciplina informativa onde as aulas se convertiam em um jogo de memorização de pontos, descrições das regiões, rios, clima e de população, deixando de lado seu importante papel como ciência humana e política, comprometendo as ações pedagógicas da escola no desenvolvimento da formação do cidadão instrumentalizado para a participação da vida social e política.
A operacionalização dos conteúdos previstos no presente componente curricular permitirá ao aluno analisar e interpretar o espaço natural, econômico e social, bem como a concebê-lo criticamente na busca de sua transformação. Entendido dessa forma, o espaço geográfico é o local das relações homem/natureza e homem/sociedade; a partir dessas relações, o homem interage no espaço compreendendo-o e transformando-o para melhor adaptá-lo ao atendimento das reais necessidades sociais.
Cabe, portanto, a escola, por intermédio dos conteúdos trabalhados, instrumentalizar o aluno para conceber criticamente o espaço e nele se inserir, como elemento ativo e participativo no processo de sua transformação. Para tanto, é necessário que se leve a percepção do aluno o fato de que a apropriação da natureza pelos seres humanos é resultado de interesse das sociedades ao longo da História. Esse processo implica, também, transformações contínuas da realidade, muitas vezes até perversas. Esse fato propicia ao educando uma visão de que esse espaço não é estático. Pelo contrário, é transformado continuadamente pela sociedade que, por sua vez, tem gerado constantes confrontos de interesses políticos e econômicos principalmente com mudanças na ordem internacional.
Sob essa perspectiva de análise da realidade auxilia-se o aluno a conceber a noção de espaço, cuja concretização está na saber situar-se, no saber ler criticamente a realidade e suas representações, tanto as usuais no trabalho com paisagens, gráficos, mapas, com as do imaginário social e as divulgadas pelos meios de comunicação de massa. Essa concepção crítica de espaço significa, em síntese, poder participar das decisões e agir conscientemente sobre o espaço construído socialmente.
No ensino de Geografia torna-se necessário instrumentalizar o educando de modo a possibilitar-lhe a análise e a compreensão do mundo em que vive, de modo a posicionar-se criticamente. Assim, importa esclarecer a existência de diversas divisões do espaço geográfico mundial. Cabe, portanto, a opção que explique não só as várias articulações existentes entre os espaços regionais, mas também a que leva o aluno a entender o processo econômico de produção e as transformações do mundo atual.
Em vistas dessas considerações e dessa abordagem metodológica propõe-se o rompimento com o ensino que condiciona os alunos a decorarem informações mais voltadas para curiosidades do que para respostas e levantamento de questões relevantes para a intervenção dos homens na realidade em que vivemos.
Os conteúdos do Ensino Fundamental foram reestruturados com o objetivo de garantir ao professor e ao aluno uma análise crítica da relação entre a sociedade e o espaço, além de permitir a compreensão da nova ordem geográfica internacional. É de fundamental importância, pois que esse redimensionamento contemple as expectativas de professores e alunos na busca do entendimento da atual realidade brasileira e mundial.
MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Considerando que o crescimento matemático é produto da interação do homem com o meio físico–social, principalmente no aspecto das relações entre quantidades, constatamos ser necessário que os alunos aprendam pensando, agindo, pesquisando e buscando estratégias de soluções para seus problemas do cotidiano, ampliando os conhecimentos matemáticos adquiridos fora do contexto escolar.
Necessário também que sejam vivenciadas na Escola atuações de aprendizagem que permitam a reconstrução permanente desses conceitos que poderão ser ou não uma aplicação imediata e a percepção do erro como “tentativa de solução”, porque a Matemática é uma disciplina dinâmica que incentiva autonomia e criatividade do aluno.
A Matemática requer um trabalho contínuo, dinâmico e sistemático e este deve ser apoiado em conceitos básicos (com o número, espaço e medidas) na proposição, vivência, compreensão e resolução de problemas, dentro da realidade em que se encontra o aluno (dimensão psicossocial e econômica).
Sempre que possível a Matemática deverá ser trabalhada com materiais concretos de modo que o aluno possa propor, elaborar, criar, construir e vivenciar suas atividades participando integralmente das ações didáticas sentindo que ela está relacionada com as áreas do conhecimento humano e que cada um deve buscar alternativas de crescimento diariamente. A Matemática é uma disciplina que precisa cada vez mais de ser contextualizada objetivando estabelecer uma relação com o mundo real.
O processo ensino-aprendizagem da Matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental deve se estruturar nos princípios norteadores das ações cotidianas que tornam os conhecimentos de tal disciplina acessíveis a todos, uma vez que sua importância se apóia no fato de que a Matemática desempenha um papel decisivo na resolução de problemas da vida diária, em sua aplicabilidade no mundo do trabalho e na construção do conhecimento em outras áreas curriculares, por ser utilizada em estudos tanto ligados às ciências naturais como às sociais e por estar presente na composição musical, na coreografia, na arte, na tecnologia, nos esportes,...
Para tanto, o estudo de Matemática deve favorecer a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico por meio de experiências mais simples como contar, comparar e operar sobre quantidades, visando à formação básica da cidadania, inserindo o indivíduo no mundo do trabalho, das relações sociais e culturais.
OBJETIVOS GERAIS
Identificar os conhecimentos matemáticos como meio para compreender e transformar o mundo à sua volta, sendo estimulado a desenvolver formas de raciocínio e processos como dedução, indução, analogia e estimativa;
Observar sistematicamente os aspectos quantitativos e qualitativos do ponto de vista do conhecimento e estabelecer o maior número possível de relações entre eles, selecionando, organizando e produzindo informações para interpretá-las e avaliá-las criticamente;
Comunicar-se matematicamente, descrevendo, representando e apresentando resultados com precisão, fazendo uso da linguagem matemática, tanto na forma oral quanto na escrita, estabelecendo conexões entre temas matemáticos dos diferentes dos diferentes campos e outras áreas curriculares;
Interagir de forma cooperativa, argumentando e contra-argumentando na busca coletiva de soluções para problemas propostos, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.
PORTUGUÊS NO ENSINO FUNDAMENTAL
O domínio da língua escrita tem como objetivo principal possibilitar a plena participação social pois “é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento”. (PCN – Língua Portuguesa).
Por termos clareza de que o trabalho com a língua escrita tem como meta a produção de texto, é fundamental que sejam oportunizadas condições para que os alunos possam se apropriar de um sistema convencional de escrita que possibilite a comunicação à distância ou quando se está ausente, registro de fatos ou informações do cotidiano bem como o registro da história como forma de transmissão do saber.
É importante destacar que o trabalho com língua portuguesa pressupõe também o desenvolvimento da oralidade. Em função do exposto, estabelecemos como prioridade um trabalho que possibilite ao aluno reconhecer a importância de se fazer entender, possibilitar a compreensão pelos outros, conseguir se expor verbalmente perante o grupo, organizar o diálogo numa sequência temporal, respeitando o ponto de vista do outro ao defender o seu.
O trabalho na área da língua portuguesa envolve também a leitura e a compreensão do texto. Em relação a esses aspectos pretendemos: possibilitar o acesso às diversas formas de leitura: imagens, obras de arte, movimento, expressão corporal e música, objetivando a compreensão da leitura como canal de acesso a informação e ao conhecimento.
Em relação a compreensão de texto objetivamos, possibilitar a compreensão do contexto de qualquer tipo de mensagem escrita apropriando-se do conhecimento nele contido, utilizando as informações na sua vida cotidiana, enriquecendo sua linguagem e ampliando seu vocabulário.
A leitura livre, sem cobranças e sem censura, feita como exercício natural e efetivo na sala de aula e na Escola passa a ser uma atividade pessoal, inerente a cada um. Nessa perspectiva, alcança o estado de prática cultural-comunicativa e passa a intervir na rede de relações que regulam as práticas do homem em sociedade.
Do ponto de vista da gramática, a nossa visão de erro baseia-se nos conceitos humanistas de linguagem e de gramática, “porque consideram que todos os homens independentemente das condições, são dotados da faculdade da linguagem e que todas as crianças, sem distinção, desenvolvem uma gramática interna. (cf. Franchi, 1991).
Tem-se novo entendimento da função da oralidade e da escrita. No primeiro caso, reconstitui-se o gosto e a confiança pela frase construída com expressividade e força argumentativa; no segundo, consolida-se a escrita com forma de interlocução à distância, indispensável à circulação das informações, à sociabilização do saber e à garantia de reais condições de acesso aos bens culturais da sociedade moderna.
A linguagem compreendida nessa dimensão aponta para a interação como princípio fundamental.
CIÊNCIAS NATURAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL
A proposta de Ciências Naturais objetiva criar condições para que o aluno se torne um cidadão consciente das influências que os conhecimentos científicos e suas aplicações tecnológicas exerçam sobre a sociedade e sobre o meio ambiente.
É indiscutível a interferência e a própria inserção do conhecimento científico e tecnológico em nosso dia-a-dia, daí a necessidade de se levar o educando a investigar e criticar seu próprio cotidiano.
O ensino de Ciências, deve priorizar objetivos que busquem trabalhar os conteúdos de forma interativa e globalizada, onde os conhecimentos científicos (Física, Química, Geologia, Biologia e Astronomia) possam ser desenvolvidos de forma interdisciplinar. Dessa forma, a aprendizagem de Ciências, terá a dimensão do saber científico, o significado social, necessário a luta por melhores condições de vida e transformação da sociedade.
É necessário que o aluno perceba que existe uma interação entre as Ciências (Biologia, Física, Química, Geologia e Astronomia) e a Natureza, através do contato com o ambiente. A partir de critérios e objetivos bem definidos, o aluno chegará, com a prática, à construção do conhecimento científico, podendo aplicá-lo em seu cotidiano.
Para tornar mais motivado o ensino de Ciências as aulas devem ser preparadas com materiais de fácil aquisição, sucateados ou adaptados de acordo com as atividades a serem desenvolvidas.
Por decisão tomada em reuniões da Área de Ciências(discussão de livros didáticos), um autor foi escolhido para servir como livro texto sem estar vinculado a seriação, porém o conteúdo programático não sofreu descontinuidade e não se desprezou a pesquisa em outras fontes didáticas e para-didáticas.
O estudo de Ciências Naturais, nas séries iniciais do Ensino Fundamental tem como eixos: o homem, o meio ambiente e a tecnologia e para tanto se faz necessário a formulação de um cidadão crítico, consciente, inserido em uma sociedade em que o conhecimento científico e tecnológico é cada vez mais valorizado. Portanto deverá estar colocado a serviço do homem.
“Neste contexto, o papel das ciências naturais é o de colaborar para a compreensão do mundo e suas transformações, situando o homem como indivíduo participativo e parte integrante do Universo” (PCN – Ciências).
O ensino de Ciências Naturais tem como meta colaborar para que o homem possa reconhecer-se como indivíduo bem colaborar para a compreensão do mundo e suas transformações.
Para que esta meta seja atingida é preciso criar condições para o aluno “identificar problemas a partir de observações sobre um fato, levantar hipóteses, testá-las, refutá-las e abandoná-las quando fosse o caso, trabalhando de forma a tirar conclusões sozinhos”. (PCN – Ciências).
É fundamental portanto a adoção de metodologiaa que oportunizem a investigação, a comunicação e debate de fatos e idéias. A através de projetos de trabalho objetivamos não só integrar os conhecimentos das Ciências Naturais com as demais disciplinas mas atender aos interesses e necessidades dos alunos, bem como oportunizar a vivência de um trabalho que tem a problematização como ponto de partida.
Objetivos Gerais
Analisar criticamente o papel da Ciência e da Tecnologia, na real melhoria das condições de vida da população.
Desenvolver a capacidade de observação, comparação, descrição, análise e classificação de fenômenos relacionados a vida e a natureza.
Compreender as transformações resultantes da ação integrada dos fatores físicos, químicos, biológicos, geológicos, tecnológicos, sociais, econômicos e culturais.
Reconhecer a existência do homem, enquanto ser vivo e, compreendr que existem outros seres vivos e não vivos, no ambiente que o cerca.
Observar, investigar e analisar as necessidades básicas do homem, alimentação, moradia, vestuário, lazer, trabalho, educação.
HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Em nossa proposta pedagógica o ensino de História não está restrito ao espaço escolar, pois entendemos que devem ser considerados os diversos diálogos que os educandos estabelecem em seu cotidiano.
Cabe à Escola, porém, a sistematização desse conhecimento, pois é preciso diferenciar o saber que os alunos adquirem de modo informal daquele que aprendem na escola. No espaço escolar, o conhecimento é uma reelaboração de muitos saberes, constituindo o que se chama de saber histórico escolar. Esse saber é proveniente do diálogo entre muitos interlocutores e muitas fontes e é permanentemente reconstruído a partir de objetivos pessoais, didáticos e pedagógicos. Dele fazem parte as tradições de ensino da área; as vivências sociais de professores e alunos; as representações do que e como estudar; as produções escolares de docentes e discentes; o conhecimento fruto das pesquisas de historiadores, educadores e especialistas das Ciências Humanas; as formas e conteúdos provenientes dos mais diferentes materiais utilizados; as informações organizadas nos manuais e as informações difundidas pelos meios de comunicação.
Entendido como um processo, o ensino de História compreende o estudo das sociedades no tempo, e sua operacionalização deve apoiar-se em três fundamentos básicos; o fato histórico, o sujeito histórico e o tempo histórico.
Fato histórico – entendido como tudo que afeta a vida em sociedade, que teve um começo e que terá um fim e que pertence ao passado mais próximo ou mais distante. Corresponde às ações realizadas pelos homens e pelas mulheres em diferentes níveis da sociedade.
Sujeito histórico – amplia-se a compreensão de sujeito histórico ao admitir-se que tanto o indivíduo quanto grupos de classes sociais são agentes de transformação, resgatando-se os chamados excluídos da História.
Tempo histórico – compreende-se a ação dos sujeitos que produzem os fatos históricos num determinado tempo. Dessa forma, apesar da compreensão do tempo cronológico ser fundamental para o ensino da História, as transformações e as permanências no processo histórico têm duração variável, nem sempre em consonância com os marcos cronológicos.
Tendo como base os fundamentos já destacados, o ensino de História de Pré a 8ª série partirá da história da vida da própria criança inserida no contexto da história local (Pré a 4ª série) avançando, no 2º segmento do Ensino Fundamental, para a história do homem em sociedade, desde as sociedades primitivas até as aulas, com destaque para inserção do Brasil e do Espírito Santo na História Geral.
Assim, o ensino de História deverá favorecer a formação do estudante como cidadão para que assuma formas de participação social, política e atitudes críticas diante da realidade atual, aprendendo a discernir os limites e as possibilidades de sua atuação para a transformação da realidade histórica na qual se insere.
Língua Estrangeira
Não há dúvidas de que o conhecimento de uma língua estrangeira promove compreensão, tolerância e respeito pela identidade cultural, direitos e valores de outros povos, fazendo com que as pessoas tornem-se menos etnocêntricos à medida em que elas passam a ver a si mesmas e à sua sociedade como parte integrante de um todo universal.
Tal atitude propicia amadurecimento, crescimento pessoal e capacidade crítica para encontrar novas maneira de pensar a respeito das coisas em geral, ampliando a visão de mundo dos indivíduos. A importância da Língua Estrangeira ultrapassa os limites lingüísticos, abrindo-se para a sensibilidade à cultura e à história de outros povos.
Debate-se muito sobre o risco de se encontrar o domínio cultural ao ensinar um Língua Estrangeira. Porém, não é isolando-se culturalmente que uma nação diexa de ser dominada, ou, ao contrário, assume a dominação.
Como afirma Rossellel (1984:6) “O professor de Línguas Estrangeiras tem como missão ajudar o jovem a formar-se; não como indivíduo aculturado e macaqueando os outros, vítima do neo-imperalismo econômico e cultural, mas como ser humano racional e intercultural: brasileIro sim, mas cidadão do mundo também”.
Um conhecimento amplo de idéias e culturas variadas desenvolvendo no homem a capacidade de criticamente. A rigor podemos dizer que o confronto dessas idéias, valores e padrões culturais possibilitam ao homem abrir para si maiores possibilidades de análise e entendimento de sua própria língua e cultura.
O conceito chave que norteia a proposta de ensino é a relação permanente entre texto e contexto, estendendo-se como texto, qualquer produção linguística, oral ou escrita, considerando como amostra autêntica de diferentes situações de comunicação.
Pretendemos dar ao aprendiz uma preparação generalizada e básica para possível continuidade de acordo com interesses específicos da vida pessoal de cada aluno.
O ensino de Língua Estrangeira não pretende inserir-se na Proposta Curricular da Escola como componente isolado, objetivamos sim, um interacionismo constante com as demais disciplinas a partir dos contextos que servirão de base para a aquisição e produção de estruturas do discurso da Língua Estrangeira.
Na visão de Savignon (1980), entende-se que um programa bem sucedido para o ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira “envolve o aprendiz na experiência da língua como uma rede de sua relações entre pessoas, coisas e eventos”, sempre ligadas ao conhecimento de mundo que o aluno traz de sua realidade social. Suas experiências anteriores de aprendizagem são de fundamental importância para que ele possa absorver novas informações e criar novos significados.
Esta proposta visa a cumprir não só os objetivos lingüisticos sociais, culturais e políticos, mas também, em primeira instância, ser condizente com objetivos para a educação geral do aprendiz.
Para que se alcance todos os objetivos supra citados deve-se propiciar ao aluno o aumento da sua capacidade de aprender a aprender, através do desenvolvimento de estratégias de aprendizagem que faça florescer a sua habilidade de lidar com mudanças e que exige a reestruturação e reformulação de problemas, não há soluções prontas e pré-formuladas.
É no relacionamento interativo entre o aprendiz e o material, que se concentre a ênfase do processo ensino-aprendizagem considerando o aluno enquanto indivíduo, como centro de interesses, por esse motivo, o aprendiz é exposto à uma série de oportunidades de aprendizagem, algumas deliberadas, outras acidentais, mas todas criadas através do necessário processo de interação.
A metodologia de ensino deve determinar o conteúdo, tanto quanto o conteúdo deve determinar o método. Assim, o ecletismo será uma constante, pois momentos diferentes irão requerer abordagens variadas de acordo com a especificidade de cada situação, respeitando os níveis de elaboração mental do aprendiz e procurando atender aos diferentes estilos motivacionais, através do equilíbrio harmônico entre os aspectos cognitivo, lúdico e utilitário no processo ensino-aprendizagem.
Dentro de todo esse processo, o papel do professor será o de facilitador da aprendizagem, oportunizando ao aluno o desenvolvimento do seu questionamento crítico e exercitando suas habilidades de formulação de hipóteses, resolução de problemas, elaboração de associações, comparações, combinações, deduções, generalizações e inferências, encorajando-o a arriscar erros para a confirmação de significados.
Nessa exploração criativa do conhecimento, o aprendiz desempenhará um papel ativo e independente, agindo e interagindo no todo social em que se dá a comunicação.
OBJETIVOS EM LÍNGUA ESTRAGEIRA
Identificar as especificidades fonológicas da Língua Estrangeira, em contraste com a Língua Portuguesa.
Inferir o significado de palavras, expressões em textos, seja pela situação apresentada pelo contexto geral, pela semelhança com o Português ou pelo conhecimento prévio que já tenha sobre o assunto ou contexto ao qual está sendo exposto.
Participar ativamente de seu processo de aprendizagem elaborado hipóteses sobre o significado de palavra, expressões ou textos, tirando conclusões baseadas em dados explícitos ou implícitos nas amostras de linguagem.
Produzir diálogos curtos que correspondam à situações reais de comunicação observando a relevância da pontuação e entonação para a clareza do significado da mensagem a ser transmitida.
Extrair o significado de mensagens escritas veiculadas por textos autênticos e variados a partir dos seus interesses como leitor real.